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quarta-feira, 23 de março de 2011

Novas Tecnologias: Instrumento, ferramenta ou lemento estruturante de um novo pensar?

No texto “Novas Tecnologias: Instrumento, ferramenta ou elementos estruturantes de um novo pensar?” elaborado pela professora Lynn Rosalina Gama Alves, inicialmente é relatado um breve histórico da utilização do computador na escola desde a década de 70 até o ano de 1998. No início a sua utilização era meramente instrumental visando atender a preparação do aluno para o mercado de trabalho comparando-se os laboratórios das escolas aos cursos de informática.
Houve o desenvolvimento e o crescimento de softwares educativos, que na maioria das vezes eram traduções de softwares americanos e caracterizaram-se por transmitir informações de modo pedagogicamente organizado, como se fossem um livro animado, um vídeo interativo ou um professor eletrônico. Esta perspectiva deixava os professores apreensivos, receando serem substituídos pela máquina.
As empresas desenvolvedoras de software educativo apresentavam uma diversidade de recursos multimídias, mas no que se refere a construção de conceitos e interatividade entre o usuário e o software não permitem nenhuma criação por parte do aluno-usuário.
A leitura hypertextual aqui, é compreendida como o rompimento de uma dimensão hierárquica, linear, seqüencial, instaurando uma dimensão hierárquica, linear, seqüencial, instaurando uma dimensão heterárquica, que para FAGUNDES (1997), garante uma autonomia na tomada de decisões, rompendo com as amarras da seqüencialidade linear, onde a cada teia de conexões, surgem caminhos sempre originais, resultantes de razões individuais e de negociações coletivas.
Utilizar o software pelo software implica em empobrecer a prática pedagógica, mantendo uma postura tradicional frente ao processo de ensinar e aprender, que se limita a transmissão de informações. É, em verdade, uma grande mixagem, que torna inicialmente atrativa a navegação pelo software, mas é logo preterida por se tornar “chata”, limitada, cansativa, repetitiva.
Apesar das recentes discussões em torno das novas tecnologias como elementos estruturantes de um novo pensar, ainda há educadores que reduzem estes elementos a meros instrumentos ou ferramentas que apenas ajudam na condução da aula, ilustram, animam, enfim, o mesmo modelo de educação.
Para PRETTO “... o uso como instrumentalidade esvazia esses recursos de suas características fundamentais, transformando-os apenas num animador da velha educação, que se desfaz velozmente uma vez que o encanto da novidade também deixa de existir.”
Os conceitos de instrumento e ferramenta limitam bastante o potencial dos elementos tecnológicos no contexto social e em especial no ambiente escolar, pois nesta perspectiva a tecnologia termina sendo usada para modelar o pensar humana. Esses elementos tecnológicos (TV, vídeo, computadores, Internet, etc...) passam a ser vistos”...carregados de conteúdo, como representante de uma nova forma de pensar e sentir, que começa a se construir, no momento em que a humanidade começa a deslocar-se de uma razão operativa para uma nova razão, ainda em construção, porém baseada na globalidade e na integridade, em que a realidade e imagem fundem-se no processo.
Estamos trabalhando na perspectiva de considerar estas tecnologias como possibilitadoras de uma multiplicidade de visões de mundo, do rompimento com a noção de tempo e espaço, instaurando uma nova forma de ser e pensar na sociedade. Com isso as nossas relações, o nosso modo de aprender e comunicar, são transformados, possibilitando a construção coletiva do conhecimento.
A Internet, assim como o livro, a televisão, informática e outras inovações técnicas, são tecnologias intelectuais, representantes desse novo pensar. Tecnologias intelectuais aqui compreendidas na perspectiva de Levy (1993), como elementos que reorganizam e modificam a ecologia cognitiva dos indivíduos, promovendo a construção de novas estruturas cognitivas.

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